05/09/2017

Amante Suicida

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Muitas vezes o amor pode agir como um catalisador de dor, de magoa e rancor, gerando dentro de um coração em pedaços o desespero. Há quem se engane sobre o significado desta palavra usada erroneamente, amor não machuca, não fere, mas sim a ausência deste.
Me desculpe.


E se eu te dissesse que estas são minhas últimas palavras, faria alguma diferença? Será que serei um anjo quando partir e você orará por mim?
É incrível como sou errado, sou quebrado, uma porcelana pisada. Meus olhos alojam meus gritos já que minha garganta se asfixia com esta corda posta por suas mãos, as quais já me pusera em um profundo sono enquanto descansávamos em uma colina qualquer.
Sinto a terra cobri meu corpo, minha respiração está se esvaindo e aquelas serpentes prendem meu corpo a uma cruz de cupa por um dia eu ter desejado sorrir com você. Minha pele está rasgando conforme caio em direção ao inferno.
Desejei que tivesse segurado minha mão e me impedido de ir, poderíamos por um band-aid nesta cratera que se formou entre nós, mas fui largado nesta cama de um motel barato, em uma estrada desconhecida, com apenas um cigarro e uma arma. Quem dera eu conseguir ser egoísta e te odiar, te ameaçar e dizer para você qualquer coisa sobre esse buraco talhado em meu peito.
Sou um boneco que segue se arrastando a procura do coração que me roubaram. Hoje irei fazer uso daquela faca a qual me presenteou em sua última frase: "Se mate". Tomarei um copo da vodca mais forte que encontrar e dentro dessa banheira te mostrarei o que a ausência de seu amor fez comigo.

Eu sinto muito.

Relato feito em 5 de Setembro de 2017.
O autor deste relato sente mais do que deveria.

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