Não há solidez no concreto que sustenta suas palavras;
Não há solidez (ou talvez sobriedade) nesse teu peito,
que se limita como um relógio teimoso
esquecendo-se do tempo.
Tudo derrete ao efeito do ácido,
álcool, lítio, mercúrio, urânio.
Efeito passageiro da desmoralização.
O asfalto tornou-se mar nonde navegam os corajosos apenas;
este mar não está para peixe, para tubarões, para gatinhos e nem cachorros,
ele está contaminado pelo lixo
que estupram os boeiros durante sua caminhada nas estradas.
O amor líquido que bombeia nosso corpo,
compara-se com a toxina entorpecente,
ciclo que descarrega no ar
a falta de solidez dos amantes.
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEu adorei a poesia que escreveu! Confesso que talvez eu não entenda muita coisa; pois há coisas que às vezes só os autores entendo, mas conseguir pegar a essência, que fala sobre o mundo e suas "doenças", que seriam os lixos. Vivemos em um mundo caótico! Cada vez mais parece que as coisas só pioram... E a natureza e os animais simplesmente perderam seu espaço ao natural, os amantes estão voltando para o século XVII e morrendo com bebidas, cigarro e tudo que há para esquecer os amores impossíveis. Enfim, acho que é isso, não? Beijos e até o próximo post. <3